Como fica a situação dos Pets durante o divórcio?
Disputa pela guarda do pet pode ser tão intensa quanto a dos filhos!
Durante o divórcio, questões como divisão de bens, guarda dos filhos e pagamento de pensão costumam ser o foco.
No entanto, e os animais de estimação? Como resolver a situação envolvendo o melhor amigo de quatro patas? É necessário pagar pensão alimentícia para o pet? E os custos veterinários? Existe uma legislação específica? Veja o que os juízes têm decidido sobre o tema.
Pets no divórcio: o que diz a lei?
Embora o Código Civil brasileiro trate os animais como “bens móveis”, a prática nos tribunais tem mostrado um entendimento mais sensível e moderno.
Os pets, para muitos casais, são considerados como verdadeiros membros da família, especialmente para aqueles que não têm filhos.
Por isso, as Varas de Família têm se adaptado e tratado a guarda dos animais de estimação de forma semelhante à guarda de crianças, regulamentando visitas e até discutindo a divisão de custos.
Pensão alimentícia para pets: realidade ou exagero?
Alguns pedidos de pensão alimentícia para animais têm surgido, embora raramente aceitos pela Justiça.
Ainda que os custos com alimentação especial, medicamentos e veterinários sejam altos, especialmente para raças que requerem cuidados diferenciados, os juízes tendem a focar na questão da guarda e convivência. Vale lembrar que não estamos falando apenas de cães e gatos; animais exóticos como lagartos, cobras e até macacos podem estar envolvidos nas disputas.
Como os tribunais lidam com a guarda de pets?
Quando o casal chega a um acordo sobre quem ficará com o animal, recomenda-se registrar em ata de audiência a “guarda compartilhada”, incluindo detalhes sobre visitas e períodos de férias, como se fosse um filho.
Cada parte deve comprovar que pode oferecer um ambiente adequado para o pet, garantindo seu bem-estar.
Caso não haja acordo, a disputa pode ser longa e complexa.
Os juízes geralmente decidem com base em quem possui melhores condições de acomodação e maior disponibilidade para conviver com o animal. A falta de uma legislação específica ainda gera decisões variadas, mas o bom senso e o bem-estar do pet são os guias principais.
Polêmicas e o futuro das decisões judiciais
Embora ainda não haja uma lei clara sobre a guarda de pets no Brasil, o tema segue em debate, com projetos de lei parados no Congresso desde 2010.
A falta de regulamentação concreta gera casos curiosos e, por vezes, polêmicos, como pedidos de prisão por não pagamento de pensão alimentícia para pets ou disputas que terminam em busca e apreensão dos bichinhos.
A realidade é que, na ausência de um acordo, a decisão sobre o futuro do pet fica nas mãos do juiz, que busca equilibrar a situação da melhor forma possível.
Para os donos, o importante é lembrar que, embora o pet não tenha a proteção legal de um filho, ele é, sem dúvida, um membro querido da família e merece toda a atenção nesse momento delicado.
Bom senso sempre!