balneario camboriu – Dra. Sofia Jacob https://blog.sofiajacob.com.br Assessoria e Consultoria Jurídica Internacional Mon, 17 Mar 2025 21:38:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://i0.wp.com/blog.sofiajacob.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cropped-cropped-cropped-large-WhatsApp_Image_2024-07-08_at_14.24.09-removebg-preview-1-1.png?fit=32%2C32&ssl=1 balneario camboriu – Dra. Sofia Jacob https://blog.sofiajacob.com.br 32 32 236383704 Como garantir segurança e sucesso nas Transações Imobiliárias Internacionais https://blog.sofiajacob.com.br/como-garantir-seguranca-e-sucesso-nas-transacoes-imobiliarias-internacionais/ Wed, 06 Nov 2024 18:47:07 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=1419

Transações Imobiliárias: Tudo o que você precisa saber para Comprar e Vender Imóveis com segurança

As transações imobiliárias abrangem a compra, venda, locação e administração de imóveis, além da análise de documentos e contratos para assegurar um processo seguro e transparente. Esses procedimentos seguem regulamentações específicas que garantem a legalidade e a segurança dos negócios, protegendo tanto compradores quanto vendedores, especialmente em negócios internacionais.

 

O que são Transações Imobiliárias?

As transações imobiliárias envolvem a transferência de propriedades em troca de valor financeiro. Esses processos são regidos por leis que garantem a segurança e legitimidade da negociação, envolvendo diversas etapas para assegurar a proteção dos envolvidos.

Principais Tipos de Transações Imobiliárias

No setor imobiliário, há diferentes tipos de transações, cada uma com particularidades:

  • Compra e Venda de Imóveis: Um comprador adquire a propriedade de um vendedor por meio de um contrato legal que transfere a titularidade do imóvel.
  • Locação de Imóveis: Um proprietário aluga sua propriedade a um inquilino por um período determinado. Esse tipo de transação inclui a assinatura de um contrato de locação que define os termos e condições, como valor mensal e responsabilidades de cada parte.
  • Arrendamento: O proprietário (arrendador) permite que um arrendatário use o imóvel em troca de uma taxa, com um contrato que estipula o prazo e as condições.

Essas transações visam garantir a posse segura e legal dos imóveis, obedecendo às exigências legais para assegurar uma negociação justa e protegida.

 

Avaliação de Imóvel

A avaliação de um imóvel antes da compra é fundamental para garantir que o preço reflita o valor real da propriedade, considerando a localização, o estado de conservação e as condições de mercado, proporcionando segurança tanto para o comprador quanto para o vendedor.

Contrato de Compromisso de Compra e Venda

O contrato de compromisso é uma etapa preliminar na compra de um imóvel, onde o comprador compromete-se a cumprir suas obrigações financeiras.

Esse documento assegura ao vendedor que receberá o valor acordado, mesmo antes da transferência oficial de propriedade.

Cancelamento de Transação e Direito de Arrependimento

Caso o comprador desista da compra, ele possui um prazo legal de até 7 dias após a assinatura para cancelar o contrato sem penalidades.

Após esse período, o cancelamento deve seguir as condições contratuais, podendo implicar multas em caso de prejuízos ao vendedor.

O que são transações imobiliárias internacionais?

As transações imobiliárias internacionais referem-se à compra, venda, aluguel ou qualquer outro tipo de transação relacionada a imóveis que ocorre entre partes localizadas em diferentes países.

Essas transações envolvem não apenas questões imobiliárias, mas também aspectos legais, financeiros e fiscais que podem variar de acordo com as leis de cada país.

Essas transações podem incluir situações como:

  1. Investimentos estrangeiros: Quando um indivíduo ou empresa de um país compra imóveis em outro país para fins residenciais, comerciais ou de investimento.

  2. Aquisição de propriedades por expatriados: Brasileiros que vivem no exterior comprando imóveis em seu país de origem ou em outros países, com foco em uma futura residência ou patrimônio.

  3. Vendas internacionais: Vendedores de imóveis em um país que negociam com compradores estrangeiros, o que exige adaptação a diferentes regulamentações legais, incluindo regras sobre financiamento, impostos, e taxas de propriedade.

  4. Transações que envolvem moedas digitais ou métodos modernos de pagamento: Como criptomoedas ou NFTs para a compra e venda de imóveis, o que introduz questões legais adicionais sobre a validade desses meios de pagamento em diferentes jurisdições.

A complexidade destes negócios internacionais está na diversidade de normas e regulamentações legais, riscos financeiros, questões fiscais e processos burocráticos que variam conforme o país envolvido.

Segurança nas Transações Imobiliárias: evite problemas que se acumulam

As transações imobiliárias seguem uma série de etapas que visam assegurar um processo eficiente e seguro.  

Assim como em qualquer negócio, devem trazer benefícios para todas as partes envolvidas, que buscam, acima de tudo, uma negociação tranquila e segura.

Ou seja, ao negociar um imóvel, os interessados esperam um acordo que seja vantajoso para ambos.

No entanto, dependendo do andamento da negociação, podem surgir riscos que comprometem a segurança e a estabilidade do negócio, como formas de pagamento não tradicionais (criptomoedas) ou moeda estrangeira.

Por isso, é essencial manter uma atenção cuidadosa durante a negociação de um imóvel. Seja comprador ou vendedor, é indispensável observar qualquer irregularidade no processo.

Pequenos detalhes que parecem insignificantes no início de uma transação podem evoluir para problemas maiores, causando prejuízos, muitas vezes irreversíveis, para a parte prejudicada no negócio.

 

Due Diligence: Garantia de Segurança

A due diligence é um processo essencial que consiste na verificação detalhada de documentos e condições do imóvel.

Essa análise previne que o comprador enfrente problemas ocultos com a propriedade, como irregularidades no registro ou divergências de preço, e garante que a transação ocorra com segurança.

Gestão de conflitos em negociações imobiliárias: A chave para o sucesso

Durante o processo de negociação de transações imobiliárias, divergências de opinião e possíveis desentendimentos são situações comuns que podem gerar conflitos entre as partes envolvidas.

Esses descompassos, se não gerenciados adequadamente, podem prejudicar o andamento da negociação e até comprometer o fechamento do negócio.

Nesses momentos, a habilidade de intermediar e gerenciar conflitos torna-se essencial. Antecipar-se às questões que podem gerar objeções e se preparar para tratá-las de maneira estratégica é uma das principais formas de garantir que todos os envolvidos se sintam ouvidos e seguros durante a negociação. A gestão proativa de possíveis pontos de discórdia não apenas minimiza riscos, mas também fortalece a confiança entre as partes.

A mediação eficaz, realizada por profissionais capacitados, garante que os conflitos de interesse sejam tratados com transparência e imparcialidade, promovendo uma solução que beneficie todas as partes.

Isso gera uma sensação de segurança e confiança, elementos essenciais para que os contratantes se sintam à vontade para concluir o negócio de maneira satisfatória.

Investir em uma gestão de conflitos eficiente, por meio de uma abordagem estratégica e bem estruturada, é, sem dúvida, um dos principais diferenciais para o sucesso de qualquer transação imobiliária.

Com o devido cuidado na mediação e resolução de divergências, cria-se um ambiente propício para que o processo flua de maneira harmoniosa, resultando em uma negociação bem-sucedida.

 

Brasileiros no Exterior: Desafios e oportunidades no mercado imobiliário brasileiro

Para os brasileiros que vivem no exterior, a compra ou venda de imóveis no Brasil apresenta desafios específicos.

As questões fiscais, o câmbio de moeda e até mesmo a legislação local podem gerar confusão e desentendimentos durante as negociações.

A gestão de conflitos eficaz também envolve o entendimento das necessidades de quem está distante, como facilitar o processo de assinatura de documentos à distância ou lidar com diferenças de fuso horário.

Além disso, a tributação e o impacto da legislação brasileira sobre os investimentos imobiliários devem ser claramente explicados, evitando surpresas para os envolvidos e prevenindo conflitos relacionados a aspectos fiscais e jurídicos.

 

Contratos e registros

Após determinar seus termos e condições, as partes envolvidas devem ter esses termos formalizados através de um contrato e registrados em um cartório específico para o Registro de Imóveis.

Dependendo dos envolvidos na negociação, o processo de transações imobiliárias pode ser feito apenas por um contrato particular, sem realizar a etapa de escritura e registro.

Isso pode acontecer pelo vínculo afetivo que os contratantes compartilham entre si, mas é importante lembrar que transações imobiliárias muito abruptas ou pactuadas sem formalização dos envolvidos, podem gerar quebras de contrato ou irregularidades com mais facilidade e consequentemente, batalhas judiciais que poderiam ser evitadas.

Por isso, a etapa de formalização das transações imobiliárias é indispensável na hora de fechar um negócio, pois legaliza a transação e garante que as cláusulas, presentes nela, sejam respeitadas e protegidas.

 

Fechamento eficiente de um negócio imobiliário

É o resultado de todas as práticas de preparação de um contrato claro, uma comunicação eficaz com as partes envolvidas na transação, gestão de conflitos, entre todas as outras etapas feitas durante o processo de negociação para o fechamento do acordo sobre um bem imóvel.  

A clareza nas condições e nos termos, fornecendo todas as informações necessárias ao comprador, demonstra confiança e segurança durante transações imobiliárias, aumentando as chances de obter o sucesso de um negócio. 

 

Criptomoedas, Brasileiros no Exterior e Outros Fatores Influentes

A negociação de imóveis no Brasil, especialmente para brasileiros no exterior, envolve uma série de fatores complexos que podem resultar em conflitos durante o processo de compra ou venda.

Seja por divergências de opinião ou por questões mais técnicas, os desacordos entre as partes envolvidas são comuns e exigem uma gestão eficiente para garantir o sucesso da transação.

Nos últimos anos, o uso de criptomoedas tem se tornado cada vez mais popular nas transações comerciais, incluindo o mercado imobiliário.

Para quem está comprando ou vendendo imóveis no Brasil, principalmente brasileiros no exterior, entender o impacto das criptomoedas é fundamental.

As flutuações no valor das criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum ou mesmo NFTs (tokens não-fungíveis) e outros métodos não convencionais podem afetar o valor final das transações, gerando discordâncias entre compradores e vendedores.

Ao negociar, é crucial saber como tratar questões relacionadas à valorização e conversão das criptomoedas em moeda corrente.

Preciso de um Advogado para Comprar e Vender Imóveis?

Em termos gerais, a compra e venda de imóveis pode ser realizada diretamente entre particulares, sem a necessidade de um advogado especializado.

No entanto, contar com a orientação jurídica adequada é essencial em transações que envolvem situações complexas, como inventários, restrições judiciais, leilões, divórcios, criptomoedas e NFTs.

Nestes casos, a presença de um advogado especializado assegura que todas as cláusulas contratuais sejam devidamente elaboradas, ou até mesmo medidas judicias sejam aplicadas, protegendo os interesses das partes e garantindo a conformidade legal de todo o processo.

Conclusão

A compra e venda de imóveis possa ser realizada diretamente entre as partes, mas contar com o apoio de um advogado especializado é fundamental quando a transação envolve aspectos complexos, como inventários, restrições judiciais, leilões, divórcios, criptomoedas NFTs , transferências swift e similares.

Um advogado especializado em Direito Imobiliário, com experiência nas nuances contemporâneas, assegura que todos os aspectos legais e financeiros sejam devidamente tratados, garantindo segurança, proteção e tranquilidade durante todo o processo.

Como Podemos Ajudar a Navegar por Esse Processo?

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Vazamento de dados da Ashley Madison: Impacto legal e social do maior escândalo de infidelidade https://blog.sofiajacob.com.br/crimes-digitais-no-exterior/ Sat, 07 Sep 2024 03:28:06 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=535
Caso Ashley Madison: O vazamento de dados que revelou o submundo de vidas privadas

O vazamento de dados do Ashley Madison expos vidas Privadas, desafiou a segurança digital e desencadeou repercussões internacionais sobre cibercrimes.

Resumo do artigo

O Ashley Madison, site de relacionamentos extraconjugais, ganhou notoriedade por sua promessa de sigilo e marketing ousado, até ser alvo de um vazamento de dados em 2015.

Hackers divulgaram informações pessoais de milhões de usuários, expondo suas vidas privadas e práticas comerciais enganosas da empresa.

O escândalo resultou em processos judiciais e destacou a fragilidade da privacidade digital. A série documental revive essa história e suas consequências trágicas.

O site Ashley Madison, destinado a relacionamentos extraconjugais, conquistou popularidade devido ao grande número de usuários, marketing arrojado e a promessa de manter a confidencialidade.

Seu modelo de negócios prosperou até 2015, quando a plataforma foi invadida e os dados dos clientes foram divulgados publicamente.

Esse evento caótico e surpreendente, que mais parecia um roteiro de cinema, tornou-se realidade e agora é tema de uma série documental na Netflix.

A ampla divulgação internacional do incidente, que teve consequências trágicas, serve como um lembrete sobre a fragilidade das informações digitais e a relatividade do conceito de privacidade na internet, assim como colocou em xeque diversos casamentos, que eram aparentemente sólidos.

Um site polêmico desde o lançamento

O Ashley Madison foi criado em 2002 pelo empresário canadense Darren Morgenstern, bem antes da popularização de redes sociais e aplicativos de encontros como o Tinder.
A plataforma facilitava encontros extraconjugais, permitindo que usuários comprometidos criassem perfis para se conectar com solteiros dispostos a serem “amantes em potencial“.

Nomeado com dois nomes populares em países de língua inglesa, o site levou alguns anos para ganhar popularidade, mas a partir de 2007, apresentou um crescimento acelerado e, consequentemente, um aumento significativo em sua receita.

Os homens, principal público-alvo, compravam “créditos” para iniciar conversas ou manter chats ao vivo, mas nem sempre estavam conversando um uma “pessoa real”.
O marketing ousado do serviço, que operava sob o slogan “A vida é curta.Curta um caso”, incluía anúncios em TV e outdoors nos EUA.

Em 2015, o Ashley Madison estava presente em 40 países e afirmava ter mais de 37 milhões de usuários, com mais de 1 milhão deles no Brasil.
Invasão e Vazamento de Dados
A popularidade e a natureza controversa do site atraíram a atenção não só do público, mas também de hackers.

Em julho de 2015, um grupo ou indivíduo chamado The Impact Team invadiu a base de dados do Ashley Madison, extraindo informações pessoais dos usuários, incluindo números de cartões de crédito e históricos de transações financeiras.

No entanto, os dados financeiros não eram os mais importantes: a lista incluía nomes e endereços de e-mail de pessoas casadas cadastradas no site (nem mesmo o CEO Noel Biderman foi poupado).

Milhões de pessoas foram expostas como adúlteras na internet, incluindo cidadãos discretos e figuras públicas.

A divulgação dos dados arruinou relacionamentos, destruiu reputações e levou ao menos um homem a cometer suicídio após ter seu nome exposto.

A invasão também revelou práticas irregulares na gestão da empresa.

Apesar de cobrar uma taxa extra para apagar dados dos usuários, a empresa não deletava as informações dos servidores.

Além disso, a base de usuários era inflada por bots e contas falsas, e algumas das mulheres supostamente solteiras eram, na verdade, funcionárias do site se passando por outras pessoas nos chats online.

Lições para a Indústria

A invasão e o vazamento de dados do Ashley Madison destacaram a importância da cibersegurança, levantando debates sobre privacidade de dados em redes sociais e os riscos de se cadastrar em sites potencialmente prejudiciais à imagem.

Apesar do escândalo, o Ashley Madison continua operando sob uma nova gestão, alegando ainda ter dezenas de milhões de usuários, embora com uma imagem muito abalada.

O caso do Ashley Madison envolveu várias infrações legais que destacaram a vulnerabilidade dos dados pessoais e a importância da cibersegurança.
Aqui estão algumas das principais leis e regulamentações que o site teria violado:

1. Leis de Proteção de Dados
Lei de Proteção de Dados Pessoais (Canadá)

O Ashley Madison, sendo uma empresa canadense, estava sujeita à Lei de Proteção de Dados Pessoais e Documentos Eletrônicos (PIPEDA). Esta lei impõe regras rigorosas sobre a coleta, uso e divulgação de informações pessoais.

A falha do Ashley Madison em proteger os dados dos usuários adequadamente e em não cumprir com a exclusão dos dados quando solicitado violou vários princípios da PIPEDA, incluindo a necessidade de obter consentimento válido e fornecer segurança apropriada para os dados armazenados.

Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR)

Embora o GDPR tenha entrado em vigor em 2018, após o vazamento de dados do Ashley Madison, suas diretrizes refletem a importância da proteção de dados que o Ashley Madison falhou em cumprir.

Sob o GDPR, a Ashley Madison teria sido obrigada a implementar medidas de segurança rigorosas, notificar as autoridades e os usuários afetados em caso de violação de dados e garantir o direito ao esquecimento, que eles não respeitaram ao manter dados de usuários que pagaram para ter suas informações deletadas.

2. Fraude e Práticas Comerciais Enganosas
Leis de Proteção ao Consumidor

As práticas comerciais enganosas do Ashley Madison, como inflar a base de usuários com bots e criar perfis falsos de mulheres, violaram leis de proteção ao consumidor em vários países.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Federal Trade Commission (FTC) poderia considerar essas ações como fraudes comerciais, pois enganam os consumidores sobre a autenticidade e a natureza dos serviços oferecidos.

3. Leis de Privacidade e Segurança da Informação
Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA)


Embora o Ashley Madison não operasse no setor de saúde, as diretrizes da HIPAA sobre proteção de dados pessoais sensíveis são ilustrativas das falhas de segurança cometidas. A HIPAA exige que as entidades implementem medidas de segurança para proteger informações sensíveis. A incapacidade do Ashley Madison em proteger informações pessoais confidenciais de seus usuários reflete uma violação semelhante de expectativas de segurança de dados.

4. Leis Criminais Relacionadas a Cibercrimes
Lei de Fraude e Abuso Computacional (CFAA)

Nos Estados Unidos, a CFAA torna ilegal acessar computadores sem autorização e obter informações. Embora o Ashley Madison tenha sido a vítima do hack, a falha em proteger seus sistemas de tais invasões e a subsequente exposição de informações sensíveis colocam em questão a adequação de suas medidas de segurança, que são exigidas por essa e outras legislações similares.

Consequências e Repercussões Legais

As violações legais cometidas pelo Ashley Madison resultaram em vários processos judiciais.

A empresa enfrentou uma ação coletiva movida por usuários prejudicados, que alegaram danos causados pela exposição de suas informações pessoais.

Em resumo, o caso do Ashley Madison é um exemplo claro das consequências de negligenciar a segurança de dados e a privacidade dos usuários. A empresa violou várias leis e regulamentos de proteção de dados, práticas comerciais enganosas e segurança da informação, resultando em um dos maiores escândalos de privacidade da era digital.

DESFECHO DO CASO NOS TRIBUNAIS

Em 2017, a empresa conseguiu um acordo judicial para pagar apenas US$ 11,2 milhões dos US$ 576 milhões originalmente solicitados em um processo coletivo movido por usuários prejudicados.


Nos tribunais Canadenses e Americanos, a empresa manteve a postura de não ter cometido qualquer infração.

 

CONCLUSÃO

O vazamento de dados do Ashley Madison não apenas expôs informações pessoais, mas também destruiu a (ilusória) confiança de inúmeros casais ao revelar infidelidades.

A quebra de confiança foi profunda, levando a rompimentos de relacionamentos e causando sofrimento emocional significativo.

Esse incidente destacou como a privacidade digital é crucial para a preservação da intimidade e da confiança nos relacionamentos pessoais.

Além disso, reforçou a necessidade de plataformas online serem transparentes e seguras, para proteger não apenas dados sensíveis, mas também a confiança e a integridade emocional de seus usuários.

À medida que a tecnologia avança e mais informações pessoais são compartilhadas online, o incidente do Ashley Madison lembra a todos da importância de proteger nossos dados e da constante vigilância necessária para garantir a privacidade no mundo digital! 

 

Sobre a autora:

Sofia Jacob é advogada especialista com mais de 16 anos nas soluções jurídicas sistêmicas para brasileiros e estrangeiros (online e/ou presencial). Professora no Instituto Brasileiro de Direito, autora premiada. Indicada pelo consulado brasileiro em Los Angeles, EUA.

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Direito Migratório e Direito Imigratório https://blog.sofiajacob.com.br/direito-imigratorio-no-brasil/ Wed, 04 Sep 2024 22:09:53 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=868

Direito Migratório e Imigratório

Direito Migratório: Um campo amplo e abrangente

O Direito Migratório lida com todas as questões legais relacionadas ao deslocamento de pessoas de um país para outro, abrangendo tanto a imigração (entrada de estrangeiros em um país) quanto a emigração (saída de cidadãos de um país para outro).

Esse campo abrange uma variedade de tópicos, como a obtenção de vistos e permissões de residência, proteção de refugiados e solicitantes de asilo, reagrupamento familiar, deportação, naturalização, e direitos de migrantes em situação irregular.

Além disso, o Direito Migratório considera a regulamentação do trabalho e imigração laboral, garantindo direitos e condições justas para trabalhadores estrangeiros, bem como o tratamento de indocumentados e detenções migratórias.

Essa área do direito é fundamental para equilibrar a segurança nacional, os direitos humanos, e as necessidades sociais e econômicas dos países, especialmente em um contexto globalizado, onde o fluxo de pessoas é cada vez mais intenso.

Direito Imigratório: Foco na Entrada e Permanência

Por outro lado, o Direito Imigratório é uma subcategoria do Direito Migratório e foca especificamente nas regras e regulamentos relacionados à imigração, isto é, na entrada e permanência de estrangeiros em um país, para nós, o Brasil.

Seu principal objetivo é regular o processo de obtenção de vistos, permissões de residência e trabalho, além de definir as condições para a naturalização e cidadania. Ele também aborda os procedimentos de deportação e expulsão em casos de violação das leis de imigração.

Este ramo se concentra em como um país recebe, regula e integra novos residentes, incluindo refugiados e asilados políticos. As leis de imigração variam amplamente entre os países, influenciadas por políticas internas, necessidades econômicas, e compromissos internacionais.

Atualmente, em 2024 se um estrangeiro pretende visitar ou permanecer no Brasil,  no temos o vistos de turismo, visto de estudante, visto de trabalho, visto de reunião familiar (casamento), visto de tratamento de saúde, visto de investidor, visto de trânsito e visto para  nômades digitais.

A Importância Conjunta desses Ramos

Embora diferentes,  o Direito Migratório e o Direito Imigratório se complementam na criação de um arcabouço legal que promove uma migração segura, ordenada e respeitosa dos direitos humanos.

O primeiro oferece uma visão ampla de todos os aspectos envolvidos na movimentação transfronteiriça, enquanto o segundo detalha as políticas internas de acolhimento de novos residentes, refletindo as necessidades e valores específicos de cada nação.

Esses ramos do direito são essenciais para garantir que o movimento de pessoas seja gerido de forma eficiente e justa, protegendo tanto os interesses dos Estados quanto os direitos fundamentais dos migrantes.

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Comparativo entre herança nos Estados Unidos e no Brasil: Aspectos, diferenças e relevância da reforma tributária brasileira https://blog.sofiajacob.com.br/diferencas-heranca-brasil-estados-unidos/ Wed, 04 Sep 2024 16:02:31 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=801

Análise dos aspectos, diferenças e impacto da reforma tributária brasileira na herança: Um comparativo entre Estados Unidos e Brasil

Muitos brasileiros que vivem no exterior não imaginam os desafios que seus herdeiros podem enfrentar na hora de lidar com a herança.

Sem planejamento adequado, o patrimônio pode ser reduzido por impostos altos, burocracia e até mesmo disputas judiciais.

Entenda como proteger seus bens no Brasil e nos EUA

Neste artigo, faremos uma análise comparativa dos procedimentos de herança no Brasil e nos Estados Unidos da América, enfatizando as vantagens e desvantagens que o Brasil apresenta em 2025.

O PROCESSO DE INVENTÁRIO E A HERANÇA NOS ESTADOS UNIDOS

Parece óbvio, mas os procedimentos são bem diferentes a depender do país que aconteceu o falecimento, já que cada local possui as suas próprias leis, especificidades, costumes e hábitos locais.

Grande parte dos americanos possuem um hábito que o brasileiro em regra não tem: ELES PLANEJAM.

É comum vermos em filmes e séries exemplos destes planejamos, desde testamentos, nomeação de beneficiários em seguro de vida, procurações públicas pós mortem e Trusts.

Essa cultura torna o processo de divisão dos bens da herança muito mais simples e eficiente, permitindo que a vontade do falecido, expressa em vida, seja seguida sem grandes entraves burocráticos (e pagar menos impostos).

A diversidade legislativa contribui ainda mais para o planejamento sucessório: cada estado americano possui legislação específica, com previsões que para nós, brasileiros, não fazem muito sentido.

TESTAMENTO: MEU PET, MINHAS REGRAS

Atualmente, a maioria dos estados nos Estados Unidos permite que a herança seja deixada para animais de estimação por meio de disposições testamentárias ou confiando a um cuidador designado.

Alguns estados conhecidos por permitirem disposições de herança para animais de estimação incluem:

Nova York: Em Nova York, é possível criar um “Fundo de Cuidados para Animais” para garantir os cuidados do animal de estimação após a morte do proprietário.

Califórnia: A Califórnia permite a criação de um “Fundo de Cuidados para Animais” ou a nomeação de um cuidador e a alocação de recursos financeiros para garantir o bem-estar do animal.

Flórida: Na Flórida, é possível criar um “Fundo de Cuidados para Animais” ou nomear um cuidador por meio de um testamento ou confiar a um banco ou organização de caridade para garantir os cuidados adequados do animal.

Massachusetts: Em Massachusetts, é permitido criar um fundo de confiança para animais ou designar um cuidador para receber recursos financeiros e cuidar do animal.

No Brasil, a possibilidade de deixar seus bens a seu pet não existe (ainda). Um testamento que beneficia qualquer animal de estimação é considerado nulo.

SEM PLANEJAMENTO E SEM TESTAMENTO

Quando não há esse planejamento prévio, um processo judicial é iniciado na corte para realizar a partilha dos bens e concluir a distribuição da herança.

No entanto, as regras desse processo podem variar consideravelmente entre os diferentes estados americanos, embora existam algumas semelhanças entre eles.

A autonomia e liberdade dos Estados para estabelecer suas próprias regras de partilha de bens, que são aplicadas quando não há um planejamento prévio do patrimônio, são diferenciadas.

Alguns exemplos:

No Havaí, o cônjuge sobrevivente geralmente terá direito a uma parte da herança. A quantia exata dependerá de vários fatores, como se há filhos ou outros herdeiros, e se os bens são considerados bens comunitários ou propriedade separada.

Na Califórnia, de acordo com as regras de partilha de bens, o cônjuge sobrevivente receberá todo o patrimônio comum do casal e mais um terço do patrimônio exclusivo do falecido, enquanto os dois terços restantes serão destinados aos filhos.

Na Flórida, a divisão dos bens pode ser ainda mais complexa: se o cônjuge sobrevivente e o falecido tiverem filhos em comum e não tiverem filhos com outras pessoas, o patrimônio será dividido igualmente pela metade entre o cônjuge e os filhos.

Em Nevada, a parte do cônjuge é determinada com base em um sistema de distribuição proporcional e leva em consideração outros fatores para equacionar a herança.

No Estado de Nova York, o cônjuge sobrevivente receberá os primeiros 50 mil dólares e metade do restante do patrimônio, enquanto a outra metade será destinada aos filhos.

A Suprema Corte dos Estados Unidos proferiu pouquíssimas decisões interferindo na autonomia dos Estados quando o assunto é partilha (mais polêmica é sobre casamento gay e partilha de bens, hoje com maioria conservadora).

Existem restrições ou proibições para que um herdeiro receba a herança nos Estados Unidos?

Sim! Há legislações que podem impedir o herdeiro de receber herança nos Estados Unidos, a mais conhecida é a “Slayer Rule“, que impede que um herdeiro receba qualquer patrimônio de alguém que tenha cometido um assassinato.

A “Slayer Rule” é uma regra legal dos Estados Unidos que impede que um assassino receba qualquer benefício financeiro proveniente da pessoa que ele tenha assassinado.

Em termos simples, se um herdeiro é considerado culpado pelo homicídio do falecido é impedido de herdar qualquer parte da herança ou receber qualquer benefício, como aposentadoria, seguro de vida, etc.

Essa regra é baseada no princípio de que uma pessoa não deve se beneficiar economicamente de seu próprio crime, principalmente quando se trata de receber uma herança de alguém que tenha sido vítima desse crime.

As especificidades e aplicação da “Slayer Rule” podem variar entre os diferentes Estados, com algumas variações nas interpretações, por exemplo: Em Washington e Illinois, uma condenação por crimes de exploração financeira, abuso ou abandono também proíbe o herdeiro de receber qualquer herança da vítima.

IMPOSTOS: EUA X BRASIL

Que a carga tributária brasileira é pesada, todos sabem, especialmente em 2025.

Então, grande maioria dos países há previsão legislativa de pagamento de tributos em decorrência da transmissão/transferência de patrimônio.

Nos Estados Unidos, não existe uma taxa ou alíquota única de imposto sobre herança que se aplique uniformemente a toda a sucessão familiar em todo o país, parecido com o que ocorre no Brasil (guardada as devidas proporções!).

Cada estado americano é fixa (ou não) esse tipo de imposto, que atualmente existe em apenas seis estados: Kentucky (16%), Maryland (10%), Iowa (10%), Nebraska (18%), Nova Jérsei (16%), Pensilvânia (15%).

Em contrapartida, há um imposto adicional chamado Estate Tax, que é uma porcentagem retirada diretamente do patrimônio deixado pelo falecido, em vez de ser pago pelos herdeiros para ter acesso à herança.

Ele incide sobre o próprio patrimônio e não pela transmissão do patrimônio. (Outro motivo do planejamento americano, Estate Tax é apelidado de “Death Tax” ou “Taxa do Tio Sam“).

O Estate Tax  vigora em doze estados americanos e no Distrito de Columbia, com alíquotas de até 40%, dependendo do valor total do patrimônio.

Existem casos de isenção desse imposto, especialmente quando o valor do patrimônio é baixo ou quando há um parentesco próximo, que ainda sofrem diferenciações entre cidadãos americanos, residentes legais e portadores de Green Card, sendo menos abrangente para estrangeiros.

No Brasil, a partir de 2025, o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) no Brasil passará por alterações significativas devido à reforma tributária.

Essas mudanças visam tornar o imposto mais progressivo, afetando diretamente heranças e doações.

Principais Alterações:

  1. Alíquotas Progressivas: As alíquotas do ITCMD serão progressivas, variando conforme o valor dos bens transmitidos. Por exemplo, no estado de São Paulo, o Projeto de Lei nº 7/2024 propõe alíquotas que vão de 2% para valores até R$ 353.600,00, chegando a 8% para patrimônios acima de R$ 9.900.800,01.

  2. Incidência sobre Perdão de Dívidas: O Projeto de Lei 108/2024 prevê que o perdão de dívidas concedido por liberalidade entre partes relacionadas será considerado uma doação, estando sujeito ao ITCMD.

  3. Definição de “Grande Patrimônio“: Cada estado definirá o que considera “grande patrimônio”, que será tributado pela alíquota máxima estabelecida pelo Senado Federal.

  4. Autonomia Estadual: Os estados e o Distrito Federal manterão a autonomia para fixar as alíquotas do ITCMD, respeitando os tetos definidos em âmbito federal.

Em outras palavras: Quanto maior o valor da herança, maior será o imposto a ser pago.

Outra mudança importante é que o recolhimento do imposto será feito no local de residência do doador ou da pessoa falecida, além da permissão de cobranças sobre heranças e doações feitas a partir do Exterior.

A forma como isso deve acontecer ainda será regulamentada por lei complementar (questão que atingiu diretamente a o inventário internacional de Silvio Santos, leia o artigo clicando aqui.

Conclusão

Com relação a reforma tributária brasileira, no que abrange as heranças, pelo texto da PEC 45/2019 aprovado pela Câmara em 07 de julho de 2023, é incluído imposto sobre heranças e doações do Exterior, em texto ainda confuso e sem regulamentação por lei complementar.

Em comparativo breve, os dois países possuem extensão territorial imensa, com costumes e culturas diversas dentro do próprio país.

O Brasil aponta claramente a intenção de unificar a cobrança de ITCMD, retirando dos Estados sua autonomia sobre as alíquotas, independência essa muito defendida no território americano.

Mesmo por termos sistemas jurídicos diferentes (common law e civil law), nuances se assemelham, mas a discrepância quanto aos costumes e visão sobre a divisão (partilha) de bens, é gritante.

Fique atento às mudanças no ITCMD em 2025.

As novas alíquotas progressivas podem aumentar significativamente os impostos sobre herança e doação, tornando essencial um planejamento sucessório estratégico.

Para evitar tributações excessivas e garantir a proteção do seu patrimônio, é fundamental contar com assessoria jurídica especializada.

As novas regras de ITCMD podem impactar diretamente sua herança e doações no Brasil.

Como podemos ajudar? 

Na nossa consultoria e assessoria, oferecemos soluções jurídicas internacionais personalizadas para brasileiros de  no exterior, garantindo que seu planejamento sucessório eficiente.

Com mais de 16 anos de experiência, nossa equipe especializada pode orientá-lo sobre como proteger seu patrimônio, otimizar o pagamento de impostos e evitar complicações legais.

Seja para a elaboração de testamentos, doações ou estratégias para a divisão de bens no Brasil, estamos prontos para oferecer o suporte necessário para que sua sucessão seja eficiente e sem surpresas.

Sofia Jacob é uma advogada especialista com mais de 16 anos de experiência oferecendo soluções jurídicas para brasileiros e estrangeiros, tanto online quanto presencialmente.

Professora no Instituto Brasileiro de Direito e autora premiada e amplamente reconhecida pela sua expertise em direito internacional.

Indicada Consulado Brasileiro em Los Angeles, EUA, como referência na área de direito de família internacional e sucessões, garantindo aos seus clientes um atendimento de excelência e confiabilidade.

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Necessidade de Notificação para Cobrança de Multa em Condomínio https://blog.sofiajacob.com.br/a-necessidade-de-notificacao-para-cobranca-de-multa-em-condominio/ Tue, 03 Sep 2024 07:17:18 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=78

 

 

Viver em um condomínio pode ser desafiador, exigindo paciência, tolerância e, acima de tudo, bom-senso.

No entanto, muitos não sabem que o síndico não tem total autoridade quando se trata de aplicar multas por descumprimento das regras condominiais. 

As multas, previstas nos artigos 1.336 e 1.337 do Código Civil, são impostas por infrações como barulho excessivo, alteração da cor da fachada, entre outras.

Para garantir que a aplicação da multa seja válida, é fundamental que o responsável pela infração seja notificado corretamente.

A notificação é um passo crucial para assegurar que o processo de cobrança de multas seja justo e conforme a legislação.

Em recente decisão da 4ª Turma do STJ, entendeu-se que para a aplicação das sanções é necessária a notificação prévia, oportunizando o exercício do direito de defesa, que quer dizer, em termos práticos, que o morador poderá defender-se da acusação, antes de efetuar o pagamento.

Isso porque a aplicação de punição sem nenhuma possibilidade de defesa viola as garantias constitucionais do artigo 5º da Constituição Federal, ainda que não haja de notificação previsão regimento interno do Condomínio. 

Simplificando: Não basta a pura e simples expedição de multa para o morador barulhento, que descumpre as regras básicas do condomínio, deve-se notifica-lo, oportunizar que se defenda para depois multa-lo.

Fique atento! Há muitos síndicos mal intencionados…

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Visto de investidor no Brasil https://blog.sofiajacob.com.br/visto-de-investido-no-brasil/ Tue, 27 Aug 2024 23:09:54 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=454

O Brasil continua a se destacar como um destino promissor para investidores estrangeiros em busca de oportunidades de negócios, crescimento ou apenas mudar de ares. 

Em resposta ao crescente interesse, especialmente em cidades  na região de Balneário Camboriú, Santa Catarina, o Brasil oferece o  visto de investidor que possibilita a legalização e a expansão de atividades empresariais em território nacional.

Neste artigo, abordaremos os principais aspectos do visto de investidor imobiliário, destacando as atualizações recentes, os requisitos necessários, os benefícios e orientações para aproveitar esta oportunidade.

Atualizações de 2023

Em 2023, o Brasil fez importantes modificações no visto de investidor imobiliário para estrangeiros, introduzindo novas oportunidades para investidores internacionais.

A nova resolução, CNIG MJSP nº 46,  trouxe atualizações relevantes sobre a aquisição de imóveis em áreas urbanas, refletindo um esforço para atrair investimentos de maior valor e fortalecer o mercado imobiliário.

Requisitos de valor do imóvel

Segundo a resolução CNIG MJSP nº 46, para obter o visto de investidor imobiliário no Brasil, é necessário possuir imóveis em áreas urbanas com valor igual ou superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Esta mudança visa atrair investidores com imóveis de elevado valor, estimulando investimentos substanciais e promovendo o crescimento do mercado imobiliário brasileiro.

Documentação necessária

Além do requisito de valor do imóvel, os investidores devem apresentar documentação que comprove a posse e o valor dos imóveis. Isso inclui registros de propriedade, avaliações imobiliárias, escrituras e outros documentos pertinentes. É essencial que a documentação esteja em conformidade com as normas legais e seja emitida por fontes confiáveis.

Processo de solicitação

A solicitação do visto de investidor imobiliário exige a apresentação de documentos ao órgão responsável, que avaliará o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela resolução CNIG MJSP nº 46.

Recomenda-se a contratação de assessoria jurídica especializada para assegurar que a solicitação seja feita de forma correta e bem-sucedida, já que envolve mais de 2 órgãos públicos e um dependerá do outro.

Benefícios do visto de investidor imobiliário

O visto de investidor oferece diversos benefícios, como a legalização da estadia e a permissão para realizar atividades empresariais no Brasil.

Os investidores têm acesso a serviços públicos, incluindo saúde e educação, documentos brasileiros com foto e a possibilidade de residência permanente, além da solicitação de nacionalidade brasileira após o cumprimento do período de residência exigido.

Processo de solicitação do visto

Para solicitar o visto de investidor, é necessário apresentar passaporte válido, formulários preenchidos, comprovantes financeiros, plano de investimento, escritura do imóvel e outros documentos específicos a depender do investimento.

A assessoria jurídica especializada é altamente recomendada para garantir uma solicitação eficiente e bem-sucedida.

Acompanhamento legal

Manter-se em conformidade com as leis e regulamentos relativos à propriedade e ao investimento imobiliário no Brasil é crucial.

Os investidores estrangeiros devem estar atentos às obrigações fiscais, contratuais e legais para garantir a conformidade contínua e o sucesso de seus empreendimentos no país.

Conclusão

O visto de investidor para o Brasil representa uma excelente oportunidade para investidores estrangeiros interessados em explorar o potencial do país ou simplesmente adquirir um imóvel durante a aposentadoria.

Com requisitos atualizados e benefícios substanciais, este visto permite que investidores se estabeleçam legalmente, empreendam e desfrutem das vantagens do mercado brasileiro.

A resolução CNIG MJSP nº 46 reafirma o compromisso do Brasil em atrair investimentos significativos e fortalecer seu mercado imobiliário.

Explore Oportunidades Exclusivas de Investimento em Balneário Camboriú e Itajaí!

Se você está pensando em investir no vibrante mercado imobiliário brasileiro, Balneário Camboriú e Itajaí são destinos imperdíveis. Com suas praias deslumbrantes e infraestrutura em expansão, essas cidades oferecem oportunidades excepcionais para investidores internacionais.

Não perca a chance de estabelecer-se em uma das regiões mais promissoras do Brasil!

Entre em contato conosco hoje mesmo para descobrir como obter seu visto de investidor imobiliário e comece a explorar as melhores oportunidades de negócios ou apenas legalizar sua estadia no Brasil.

Sofia Jacob é advogada especialista com mais de 16 anos nas soluções jurídicas sistêmicas para brasileiros e estrangeiros (online e/ou presencial). Professora no Instituto Brasileiro de Direito, autora premiada. Indicada pelo consulado brasileiro em Los Angeles, EUA.

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As Principais Áreas do Direito Imobiliário no Brasil e sua Relação com o Direito Ambiental https://blog.sofiajacob.com.br/as-principais-areas-do-direito-imobiliario-no-brasil-e-sua-relacao-com-o-direito-ambiental/ Mon, 26 Aug 2024 20:18:15 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=405

As Principais Áreas do Direito Imobiliário no Brasil e sua Relação com o Direito Ambiental

 

O Direito Imobiliário no Brasil abrange diversas áreas que regulam a compra, venda, locação, regularização e gestão de imóveis. Uma das principais áreas é a compra e venda de imóveis, que envolve contratos, escrituras e a análise de documentação para garantir a transferência segura da propriedade.

Outra área é a locação de imóveis, regulada pela Lei do Inquilinato, que define os direitos e deveres de locadores e locatários.

O direito registral também é essencial, pois cuida dos registros públicos necessários para formalizar a posse e propriedade dos bens.

A regularização fundiária é outra área em destaque, voltada para a legalização de terrenos e construções, especialmente em áreas urbanas e rurais irregulares. Nessa mesma linha, o direito de loteamento e incorporação é fundamental para o desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários, desde a criação de condomínios até grandes projetos habitacionais.

A interseção entre o Direito Imobiliário e o Direito Ambiental é cada vez mais relevante. A legislação ambiental impõe restrições e exigências para a utilização de terrenos, especialmente em áreas de preservação permanente e zonas costeiras. O licenciamento ambiental é uma etapa crucial para novos empreendimentos, garantindo que construções e atividades imobiliárias respeitem as normas ambientais, evitando danos ao ecossistema.

Além disso, questões como preservação de áreas verdes e gestão de resíduos impactam diretamente a viabilidade de novos projetos. O cumprimento das normas ambientais não apenas protege o meio ambiente, mas também valoriza o imóvel, tornando-se um diferencial importante no mercado imobiliário.

Assim, o advogado especializado em Direito Imobiliário deve estar atento às regulamentações ambientais para orientar seus clientes com segurança, garantindo que o desenvolvimento imobiliário ocorra de forma sustentável e legalmente adequada.

Sobre a autora: 

Sofia Jacob é advogada especialista com mais de 16 anos nas soluções jurídicas sistêmicas para brasileiros e estrangeiros (online e/ou presencial). Professora no Instituto Brasileiro de Direito, autora premiada. Indicada pelo consulado brasileiro em Los Angeles, EUA.

 

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Alterações do Registro de Imóvel em cartório https://blog.sofiajacob.com.br/alteracoes-do-registro-de-imovel-administrativamente/ Thu, 15 Aug 2024 07:16:45 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=76

Quando o assunto é Registro de Imóvel, frequentemente enfrenta-se dificuldades em compreender se seria possível ou não promover alterações sem recorrer ao judiciário, de forma administrativa.

Em alguns casos o Oficial do Registro (vulgo cartorário) pode realizar modificações por iniciativa própria, como por exemplo, por omissão ou erro na transposição de elementos do documento; indicação ou atualização de algum dos confrontantes; alteração de denominação de logradouro público; indicação de rumos, ângulos ou inserção de coordenadas georeferenciadas sem alteração das medidas; alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático; reprodução de descrição de imóvel confrontante.

Caso o objetivo seja alterar metragem ou limites, o proprietário do imóvel poderá comparecer ao respectivo Cartório de Registro de Imóveis, apresentar seu requerimento de inserção ou alteração de medida perimetral devidamente acompanhado de planta e memorial descritivo.

Estes últimos precisam ser elaborados por profissionais legalmente habilitados, com registro no respectivo CREA e com emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.

Exige-se  também documentos assinados pelos confrontantes do imóvel mostrando sua concordância com o pedido, pois a alteração no Registro atingirá áreas ao lado.

 

A retificação será averbada pelo oficial após verificar o atendimento ao art. 225 da Lei dos Registros Públicos, referente à indicação precisa das características, confrontação e localização dos imóveis submetidos ao Registro. 

 

Quando a planta de retificação não contiver a assinatura de algum confrontante (vizinho), este será notificado pessoalmente ou pelo correio para se manifestar em 15 dias, presumindo-se sua concordância se não apresentar sua impugnação.

Uma eventual discordância posterior ao transcurso do prazo somente poderá ser discutida em juízo. 

Na hipótese de impugnação (alguém não concorde), se os interessados não formalizarem transação amigável para solucioná-la, caberá ao registrador encaminhar o caso ao judiciário que decidirá imediatamente ou remeterá a questão a um processo judicial ordinário. 

Finalmente, se forem verificados a qualquer tempo que os fatos constantes no memorial não são verdadeiros, o proprietário do imóvel e o profissional que elaborou o memorial responderão pelos prejuízos, além do que, as nulidades do registro vão torná-lo inválido de pronto, sem necessidade de ação judicial.

 

Está em Balneário Camboriú ou na região e precisa de ajuda com a alteração de registros de imóveis? 

Nossa equipe está pronta para ajudar! Entre em contato conosco para uma consulta personalizada e descubra como podemos facilitar todo o processo para você. 

 

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Atraso na Entrega do Imóvel: Conheça seus direitos como consumidor https://blog.sofiajacob.com.br/direitos-do-consumidor-no-caso-de-atraso-na-entrega-de-imovel/ Tue, 23 Jul 2024 04:15:28 +0000 https://blog.sofiajacob.com.br/?p=71

 

Direitos do Consumidor no caso de atraso na entrega de imóvel

Ao adquirir imóvel na planta, é comum o atraso na entrega das chaves, o que acarreta prejuízos aos compradores, além de quebra de expectativas (casais que casam e ficam sem ter onde residir, vão para a casa de familiares ou obrigam-se a locar um imóvel, por exemplo).

Mas quais são os direitos dos compradores/consumidores diante deste atraso?

Depende das cláusulas do contrato firmado, compra e venda ou cessão de direitos, porém de qualquer forma, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor é indiscutível.

Na grande maioria dos casos, há previsão contratual de um prazo de carência, que nada mais é que o tempo permitido de atraso para a entrega do imóvel e das chaves. Deve haver ainda uma justificativa para a demora, como intempéries climáticas (longos períodos de chuvas, ventania, terremoto, etc).

Mesmo assim, o tempo de espera previsto contratualmente não pode ser muito extenso ao ponto de causar prejuízos, desrespeito e descaso aos compradores.Nessas hipóteses, cabe pedido de dano moral, além de multa por descumprimento do contrato (tecnicamente chamado de inadimplemento).

Outro direito dos compradores é o de receber todos os gastos gerados pela demora da entrega do bem, desde que comprovados mediante recibo ou documentos, como aluguel, condomínio, hotel, viagens, combustível, passagens de avião, multa pela demora na entrega de móveis, etc.

A correção monetária é outra questão merecedora de atenção. É importante observar qual o índice que será aplicado antes e depois da entrega das chaves.

Na maioria dos contratos de compra e venda de imóveis em construção, a correção do saldo devedor antes da entrega é regida pelo INCC, que abrange os custos da construção. Após a entrega, aplica-se o INPC, índice com porcentagem mais baixa. Entende-se então que, o INPC deve ser aplicado também no prazo extrapolado pela construtora. Parece pouco, mas em imóveis de alto valor representa um montante considerável.

Quanto a legalidade da cobrança de corretagem, serviço de intermediação, chamada também de taxa SATI, aquela comissão paga ao corretor de imóveis na assinatura do contrato, dependerá de como o comprador chegou até o imóvel.

Se o consumidor dirigiu-se até o plantão de vendas onde será construído o imóvel, o ônus de arcar com a comissão do corretor de imóveis é de quem o contratou, ou seja, a construtora, pois ela o contratou para realizar os atendimentos.

Ocorre muitas vezes a dita venda casada, a própria construtora tem uma imobiliária e deixa no stand de vendas os corretores de plantão, realizam as vendas e repassam estes custos ao abusivamente compradores. Quando isso ocorre, é possível receber em dobro a quantia paga.

Contudo, se o comprador procurou uma imobiliária, solicitou um imóvel com aquelas características, etc, deve-se pagar ao corretor e a imobiliária.

É essencial analisar com cuidado todos os contratos imobiliários antes de assinar. Desde a promessa de compra e venda até o sinal do negócio, cada detalhe importa. Documentos como o contrato de compra e venda e os termos de cessão de direitos precisam ser revisados com atenção para evitar surpresas desagradáveis no futuro.

Uma análise detalhada garante que todos os pontos estejam claros e que seus interesses estejam protegidos, evitando problemas legais e financeiros.

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